O viciante sabor da vitória

A Granja do Ulmeiro, da Divisão de Honra, e o Bruscos, da 1ª Divisão Distrital, têm a particularidade de ainda não terem perdido qualquer jogo nos seus campeonatos.


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O surpreendente regresso do Bruscos

Na 1ª Divisão Distrital, o Bruscos passou - desde a vitória (4-1) de sábado sobre o Real da Conchada – a ser a única formação sem qualquer derrota na prova. Ao cabo de 12 jogos, a equipa de João Oliveira soma sete triunfos e cinco empates, ocupando o terceiro posto da tabela, um dos que garante a promoção à Divisão de Honra.
A fórmula até parece simples: «muita união e coesão entre jogadores, equipa técnica e direcção», revelou João Oliveira. Ainda assim, há que relembrar que «a equipa foi preparada de raiz, com jogadores jovens – média de idades de 22 anos -, sem “vícios” na modalidade e que têm muita vontade de aprender e de evoluir».
No entanto, num regresso à modalidade que tem corrido de feição, nem tudo têm sido “rosas”. «Prometeram-nos a cobertura do campo e isso não foi cumprido e depois tivemos de “andar às turras” para conseguirmos jogar no Pavilhão de Condeixa, tudo isso ainda uniu mais o grupo», referiu o responsável técnico da equipa.
Quanto à competição, João Oliveira garante que não «esperava um campeonato tão equilibrado». Quando se avançou para o regresso da equipa «os objectivos passavam por ficar nos oito primeiros, mas agora gostava de ser mais optimista. A 9 de Janeiro faremos um reunião onde será analisado o balanço da 1ª volta, se ganharmos os próximos dois jogos (Domus Nostra e Idosos), podemos elevar a fasquia para os 4/5 primeiros lugares. Ainda assim, vamos continuar a pensar apenas jogo a jogo».
O Bruscos é o “reis dos empates” na 1ª Distrital, facto a que não é alheio a inexperiência do conjunto. «Empatámos os primeiros três jogos, numa altura em que ainda faltava confiança à equipa».
João Oliveira é, igualmente, o responsável pela equipa feminina do Bruscos. «No primeiro ano subimos logo à Honra, mas depois não nos reforçámos como queria, ainda assim só descemos na última jornada. Os objectivos deste ano ficarão mais claros depois do jogo com a Ourentã. Se ganharmos, podemos lutar pelo primeiro lugar, se perdermos até o segundo posto pode ficar comprometido. Tenho esperança na subida, mas a nossa principal dificuldade é o reduzido número de jogadoras», concluiu.

Ricardo Ferreira Santos
“Diário de Coimbra”, 27.12.2006